Vem sentar-te comigo, Lindo, a beira do rio
Apressadamente, vemos a violência a fio
Pois leva as folhas tão rápido sem sentido
Como se quisesse levar pra longe meu sorriso
Se queres compreender o porquê eu digo isso
Poderás achar sem sentido
Mas assim como Galeano uma vez disse
Quase não se sente graça em escrever o que se vive,
Viver o que se escreve é o maior desafio
Hora de pensar – pensar,
Hora de rever a nossa história – história.
Hora de sentar – sentar.
Hora de amar – verdadeiramente amar.
O rio segue em frente,
E mesmo com a violência de sua fonte,
Se for paixão acaba,
Se for amor não morre não.
Mas não existe uma pedra no caminho
Que me permita parar,
Pois nunca esquecerei desse acontecimento
Pois guardado estará no baú do sentimento.